
🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
O Vaccinium cylindraceum é uma excelente escolha para a permacultura em climas frios. Os seus frutos são comestíveis e ricos em antioxidantes, podendo ser consumidos frescos, em compotas, geleias, sumos ou secos. As bagas são também um importante alimento para a fauna local, atraindo pássaros e outros animais benéficos ao jardim. A planta pode ser utilizada como cobertura do solo, ajudando a suprimir ervas daninhas e a reter a humidade. As suas folhas podem ser utilizadas para fazer chá, com propriedades medicinais. A madeira pode ser utilizada para pequenos trabalhos de artesanato.
Descrição Permapeople
Vaccinium cylindraceum, a amora-do-Madeira, é uma espécie de planta com flor, pertencente à família Ericaceae (eriáceas). É endémica da ilha da Madeira, Portugal. Apresenta-se como um arbusto perene com flores em forma de sino, de cor rosa, e bagas comestíveis azul-negras.
Descrição botânica
O Vaccinium cylindraceum é um arbusto perene da família Ericaceae, nativo do Alasca, Canadá e norte dos Estados Unidos. Atinge geralmente entre 0,5 a 1,5 metros de altura, embora possa crescer até 3 metros em condições ideais. Possui caules lenhosos e finos, com folhas ovais, verde-escuras e coriáceas, com cerca de 1 a 3 cm de comprimento. As flores são pequenas, em forma de sino, de cor rosa pálido a branca, e agrupam-se em cacho. Os frutos são bagas arredondadas, de cor azul-escura a roxa, com cerca de 0,5 a 1 cm de diâmetro, e contêm pequenas sementes. Prefere solos ácidos, húmidos e bem drenados, e locais ensolarados ou semi-sombreados.
Consorciação
O Vaccinium cylindraceum beneficia da companhia de outras plantas acidófilas, como rododendros, azáleas e arandos-vermelhos. Evitar o plantio próximo de plantas que preferem solos alcalinos, como a maioria das crucíferas e leguminosas. A associação com plantas que atraem polinizadores, como lavanda e alecrim, pode aumentar a produção de frutos. A cobertura do solo com matéria orgânica, como palha ou folhas secas, ajuda a manter a humidade e a suprimir ervas daninhas.
Métodos de propagação
O Vaccinium cylindraceum pode ser multiplicado por sementes, estacas ou divisão de touceiras. A multiplicação por sementes é mais lenta e requer estratificação a frio para quebrar a dormência. As estacas de madeira semi-lenhosa podem ser retiradas no final do verão ou início do outono e enraizadas em substrato húmido. A divisão de touceiras é a forma mais fácil e rápida de propagação, sendo realizada na primavera ou no outono, separando as raízes e caules da planta-mãe.
História e tradições
Os povos indígenas do Alasca e do Canadá utilizavam tradicionalmente o Vaccinium cylindraceum como alimento e medicamento. As bagas eram consumidas frescas ou secas, e as folhas eram utilizadas para fazer chá para tratar diversas doenças. A planta era também utilizada em rituais e cerimónias. O conhecimento sobre as propriedades e usos desta planta foi transmitido oralmente ao longo de gerações.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente entre maio e junho. A maturação dos frutos ocorre entre julho e setembro, dependendo da altitude e do clima. A plantação pode ser realizada no outono ou na primavera. A poda de formação deve ser realizada no final do inverno ou início da primavera, removendo os ramos secos ou danificados. A colheita das bagas deve ser feita quando estiverem completamente maduras e de cor azul-escura.