Tsuga-de-Mertens, Cipreste-de-Mertens, Pinheiro-de-Mertens
Tsuga mertensiana

🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
A Tsuga mertensiana, embora não seja uma planta tradicionalmente utilizada em sistemas de permacultura para produção alimentar direta, oferece múltiplos benefícios. A sua folhagem densa pode ser utilizada como cobertura morta, ajudando a suprimir ervas daninhas e a reter a humidade do solo. A madeira, embora macia, pode ser utilizada para construção de pequenas estruturas ou como material para cultura de cogumelos. A árvore também atua como quebra-vento e cria um microclima favorável para outras plantas mais sensíveis. A sua capacidade de prosperar em solos húmidos e sombreados torna-a valiosa em áreas onde outras coníferas não se desenvolvem bem.
Descrição Permapeople
Um conífero perene de grande porte, nativo das montanhas do Noroeste do Pacífico. Caracteriza-se pelas suas acículas azul-esverdeadas e ramos pendentes.
Descrição botânica
A Tsuga mertensiana é uma conífera perene da família Pinaceae, nativa da região costeira do noroeste do Pacífico da América do Norte. É uma árvore de porte médio a grande, atingindo geralmente entre 15 e 30 metros de altura, embora possa ocasionalmente ultrapassar os 40 metros. A sua copa é cónica e densa, com ramos pendentes. As folhas são achatadas, lineares, de 1 a 3 centímetros de comprimento e dispostas em duas fileiras ao longo dos ramos. Os cones são pequenos, ovóides, de 2 a 4 centímetros de comprimento, e amadurecem em cerca de 8 meses. A casca é fina, acinzentada e fissurada com a idade. A Tsuga mertensiana é frequentemente encontrada em florestas húmidas e sombreadas, em altitudes que variam desde o nível do mar até cerca de 1500 metros.
Consorciação
A Tsuga mertensiana beneficia de companheirismo com outras árvores de floresta húmida, como o bordo (Acer spp.), a álamo (Populus spp.) e o salgueiro (Salix spp.). Estas árvores ajudam a criar um microclima favorável e a melhorar a fertilidade do solo. Evitar o plantio próximo a espécies que requerem solos secos e ensolarados, como o pinheiro (Pinus spp.) e o carvalho (Quercus spp.). A competição por luz e água pode ser prejudicial para ambas as espécies.
Métodos de propagação
A multiplicação da Tsuga mertensiana é geralmente realizada por sementes, embora o processo seja lento e desafiador. As sementes devem ser estratificadas a frio durante vários meses antes da semeadura. A germinação é irregular e lenta. A propagação por estacas é possível, mas com baixa taxa de sucesso. A divisão de mudas jovens também pode ser utilizada, mas é menos comum. A propagação natural ocorre através da dispersão das sementes pelo vento e pela água.
História e tradições
Os povos indígenas da região costeira do noroeste do Pacífico, como os Makah, Quileute e Hoh, utilizavam a Tsuga mertensiana para diversos fins. A casca era utilizada para fazer cestos, cordas e roupas. A madeira era utilizada para construir casas, canoas e utensílios. As agulhas eram utilizadas para fins medicinais, como tratamento de feridas e dores de cabeça. A árvore era também considerada sagrada por algumas tribos, sendo utilizada em cerimónias religiosas.
Calendário de uso
A Tsuga mertensiana é uma árvore de crescimento lento, pelo que a sua utilização em sistemas de permacultura requer planeamento a longo prazo. A colheita da cobertura morta pode ser realizada durante todo o ano, removendo as agulhas caídas. A madeira pode ser colhida após a morte natural da árvore ou através de podas seletivas. A semeadura das sementes deve ser realizada no outono ou no início da primavera. A árvore floresce na primavera e os cones amadurecem no outono do ano seguinte.