
🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
A pêra-brava é valorizada na permacultura pela sua rusticidade e capacidade de adaptação a solos pobres. Os frutos, embora menores e mais ácidos que as variedades cultivadas, são comestíveis e podem ser utilizados em compotas, geleias, sidras ou para alimentar animais. As suas raízes profundas ajudam a melhorar a estrutura do solo e a prevenir a erosão. A árvore atrai polinizadores e serve de habitat para diversas espécies de aves e insetos benéficos. Pode ser utilizada como porta-enxerto para outras variedades de pereiras, conferindo-lhes resistência e vigor.
Descrição Permapeople
Pyrus cordata, a pereira-de-Plymouth, é uma espécie rara de pereira nativa do oeste de França e do sudoeste de Inglaterra. É uma árvore de pequeno porte com folhas cordiformes e frutos pequenos, não comestíveis. É considerada uma espécie ameaçada de extinção.
Descrição botânica
A Pyrus cordata é uma espécie de árvore frutífera pertencente à família Rosaceae. É nativa da Europa e da Ásia Ocidental. Trata-se de uma árvore de porte médio, geralmente atingindo entre 5 e 15 metros de altura. As folhas são ovais, com bordas serrilhadas e uma coloração verde escura. As flores são brancas, pequenas e agrupadas em corimbos. Os frutos são pêras pequenas, de forma oval ou piriforme, com uma casca verde-amarelada ou castanho-avermelhada. A polpa é branca, granulosa e com um sabor ácido. É uma espécie resistente ao frio e à seca, adaptada a uma variedade de tipos de solo.
Consorciação
A pêra-brava beneficia da companhia de plantas que atraem polinizadores, como a lavanda e o alecrim. Também se beneficia da presença de leguminosas, que fixam o nitrogénio no solo, enriquecendo-o. Evitar o plantio próximo de plantas suscetíveis a pragas que também afetam a pereira, como o pulgão. A associação com a capuchinha pode ajudar a afastar alguns insetos prejudiciais. A erva-cidreira também é uma boa companhia, atraindo insetos benéficos.
Métodos de propagação
A Pyrus cordata pode ser multiplicada por sementes, embora esta seja uma forma lenta e que não garante a fidelidade das características da planta-mãe. A propagação por estaquia (bouturage) é mais eficaz, utilizando estacas de madeira lenhosa no inverno. O enxerto é a técnica mais comum e recomendada, utilizando a pêra-brava como porta-enxerto para outras variedades de pereiras. A divisão de rebentos também pode ser utilizada, embora seja menos comum.
História e tradições
A pêra-brava tem uma longa história de utilização na Europa, sendo considerada uma das espécies ancestrais da pêra cultivada (Pyrus communis). Era utilizada pelos romanos e pelos gregos, tanto para fins alimentares como medicinais. Na medicina tradicional, era utilizada para tratar problemas digestivos e como tónico. Em algumas regiões, a madeira da pêra-brava era utilizada na construção de ferramentas e utensílios agrícolas. A sua resistência e adaptabilidade tornaram-na uma árvore importante em sistemas agroflorestais tradicionais.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente na primavera (abril-maio). A frutificação ocorre no outono (setembro-outubro). A colheita dos frutos pode ser feita quando estes atingem a maturidade, indicados pela sua cor e textura. A poda de formação deve ser realizada no inverno, para dar forma à árvore. A poda de frutificação deve ser realizada após a colheita, para estimular a produção de frutos no ano seguinte. A plantação pode ser realizada no outono ou no início da primavera.