Bambu-dourado, Bambu-verde-dourado, Bambu-sulfúreo-verde
Phyllostachys sulphurea viridis

🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
O Phyllostachys sulphurea viridis é um bambu ornamental e utilitário valioso na permacultura. Os seus colmos podem ser utilizados na construção de estruturas leves, cercas, treliças e mobiliário. As folhas, quando secas, podem servir como cobertura morta, enriquecendo o solo. É também uma excelente barreira contra o vento e uma fonte de biomassa para compostagem. Embora não seja tradicionalmente usado como alimento, os rebentos jovens podem ser consumidos após tratamento adequado, mas requerem cuidado devido à presença de cianeto em algumas espécies de bambu. A sua rápida taxa de crescimento e capacidade de sequestro de carbono tornam-no uma escolha sustentável para diversas aplicações.
Descrição Permapeople
Phyllostachys sulphurea ‘Viridis’ é um bambu conhecido pelos seus notáveis colmos verdes e crescimento vigoroso. É uma escolha popular para a criação de sebes e ecrãs.
Descrição botânica
O Phyllostachys sulphurea viridis é uma espécie de bambu perene, originária da China. É um bambu de porte médio a grande, atingindo entre 4 a 8 metros de altura, dependendo das condições de cultivo. Os colmos são de cor verde-dourada, com um revestimento ceroso que lhes confere um brilho característico. São relativamente finos, com cerca de 3 a 5 cm de diâmetro. As folhas são lanceoladas, de cor verde clara, e apresentam uma bainha que envolve o colmo. É um bambu cespitoso, ou seja, forma touceiras densas a partir de rizomas subterrâneos. A floração é irregular e ocorre a cada 60 a 100 anos, sendo um evento raro e espetacular.
Consorciação
O Phyllostachys sulphurea viridis geralmente beneficia de companhia de plantas que ajudam a melhorar a fertilidade do solo e a controlar pragas. Boas companheiras incluem leguminosas (como ervilhas e feijões) que fixam o nitrogênio no solo, e plantas repelentes de insetos (como a lavanda e a hortelã). Evitar plantar perto de árvores de grande porte que possam competir por luz e nutrientes. A associação com outras espécies de bambu pode levar à competição por espaço e recursos, portanto, é importante manter uma distância adequada entre as plantas.
Métodos de propagação
A propagação do Phyllostachys sulphurea viridis pode ser feita principalmente por rizomas. A divisão dos rizomas é o método mais comum e eficaz, sendo realizada preferencialmente na primavera ou no outono. Os rizomas são escavados com cuidado, divididos em secções com pelo menos um ou dois nós, e replantados em solo bem drenado e rico em matéria orgânica. A propagação por sementes é possível, mas menos comum, pois as sementes podem ter baixa taxa de germinação e a planta resultante pode não ser fiel ao original. O enraizamento de estacas também é possível, mas menos eficiente do que a divisão de rizomas.
História e tradições
O bambu, em geral, tem uma longa história de utilização na cultura asiática, especialmente na China, Japão e Coreia. É um material versátil utilizado na construção, artesanato, culinária e medicina tradicional. O Phyllostachys sulphurea viridis, em particular, tem sido cultivado na China há séculos como planta ornamental e para fins utilitários. A sua cor dourada era associada à prosperidade e boa sorte. A sua introdução em outras partes do mundo, como a Europa e a América do Norte, ocorreu mais recentemente, no século XIX e XX, principalmente como planta ornamental em jardins e parques.
Calendário de uso
A plantação do Phyllostachys sulphurea viridis é idealmente realizada na primavera ou no outono, evitando os períodos de geada. A poda de colmos secos ou danificados pode ser feita em qualquer altura do ano. A colheita de colmos para construção ou artesanato pode ser realizada após o segundo ou terceiro ano de crescimento, quando os colmos atingem a maturidade. A cobertura morta com folhas secas pode ser aplicada no outono para proteger o solo e enriquecê-lo com nutrientes. A floração, quando ocorre, geralmente acontece no verão.