
🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
A amora-da-china é uma excelente adição a sistemas de permacultura devido à sua multifuncionalidade. Os frutos são deliciosos e nutritivos, podendo ser consumidos frescos, em compotas, geleias, sumos e até mesmo secos. As folhas servem de alimento para a criação de bicho-da-seda, promovendo a produção de seda natural. A planta também atrai polinizadores e aves, contribuindo para a biodiversidade do jardim. A madeira pode ser utilizada para pequenos trabalhos de artesanato. É uma planta resistente e de fácil manutenção, adaptando-se bem a diferentes tipos de solo.
Descrição Permapeople
Morus cathayana, também conhecida como amoreira-da-China ou amoreira-cathayana, é uma espécie de planta com flor, pertencente à família Moraceae. É nativa da China e de outras regiões da Ásia Oriental. Trata-se de uma árvore decídua que pode atingir até 15 metros de altura. As folhas apresentam forma ovalada e margens serrilhadas. Os frutos são pequenos e vermelhos, sendo comestíveis.
Descrição botânica
A Morus cathayana é uma espécie de amoreira nativa da China. É uma árvore de porte médio, geralmente atingindo entre 6 a 15 metros de altura, com uma copa densa e arredondada. As folhas são simples, alternadas, com bordas serrilhadas e uma textura ligeiramente áspera. As flores são pequenas e discretas, reunidas em inflorescências pendulares. Os frutos são bagas pequenas, geralmente de cor preta ou roxa escura quando maduros, com um sabor doce e ligeiramente ácido. A casca do tronco é lisa e acinzentada, tornando-se mais rugosa com a idade. A espécie é dioica, ou seja, existem plantas masculinas e femininas separadas.
Consorciação
A amora-da-china beneficia da companhia de plantas que atraem polinizadores, como lavanda e alecrim. Também se dá bem com leguminosas, que fixam o nitrogénio no solo, enriquecendo-o. Evitar o plantio próximo a plantas suscetíveis a doenças fúngicas, pois a amora-da-china pode ser um reservatório de patógenos. A associação com árvores frutíferas de porte semelhante pode criar um microclima favorável e aumentar a produtividade.
Métodos de propagação
A Morus cathayana pode ser multiplicada por diversas formas. A propagação por sementes é possível, mas pode ser lenta e resultar em variações nas características da planta. O enraizamento de estacas de madeira, preferencialmente de ramos jovens e semi-lenhosos, é um método mais rápido e eficiente. A marcação e a divisão de rebentos também são opções viáveis. A propagação por estaquia é geralmente realizada na primavera ou no outono.
História e tradições
A amora-da-china tem uma longa história de cultivo na China, onde é valorizada tanto pelos seus frutos como pelas folhas, utilizadas na produção de seda. A sericicultura, a criação de bicho-da-seda, é uma prática milenar na China, e a amora-da-china desempenhou um papel crucial nesse processo. Na medicina tradicional chinesa, as folhas e os frutos da amora-da-china são utilizados para tratar diversas condições, como tosse, constipação e problemas de pele. A planta também é associada a simbolismos de prosperidade e longevidade na cultura chinesa.
Calendário de uso
A floração da amora-da-china ocorre geralmente na primavera (abril-maio). A frutificação segue-se, com a maturação dos frutos ocorrendo no verão (junho-agosto). A colheita dos frutos deve ser feita quando estiverem completamente maduros e macios ao toque. A plantação pode ser realizada no outono ou na primavera. A poda de formação e manutenção pode ser realizada no final do inverno, antes do início da brotação. A colheita das folhas para a criação de bicho-da-seda pode ser feita ao longo da primavera e do verão.