Lupino-da-praia, Ervilhaca-do-mar, Lupino-costeiro
Lupinus littoralis

🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
O Lupinus littoralis é uma excelente planta fixadora de nitrogénio, enriquecendo o solo e beneficiando outras culturas. Pode ser utilizado como adubo verde, melhorando a estrutura do solo e a sua fertilidade. As sementes, embora tóxicas em grande quantidade, podem ser utilizadas em pequenas doses para alimentação animal. As flores são atrativas para polinizadores, promovendo a biodiversidade no jardim. A sua capacidade de crescer em solos pobres e arenosos torna-o ideal para a recuperação de áreas degradadas e a estabilização de dunas costeiras.
Descrição Permapeople
Lupinus littoralis, o lupino-da-praia, é uma espécie de lupino nativa da costa do Pacífico da América do Norte. É uma erva perene que cresce em habitats costeiros arenosos. Apresenta flores azuis a violetas.
Descrição botânica
O Lupinus littoralis é uma planta herbácea perene pertencente à família Fabaceae. Apresenta um porte ereto, atingindo geralmente entre 30 cm e 1 metro de altura. As folhas são palmadas, com 5 a 9 folíolos estreitos e alongados. As flores, dispostas em espigas densas, variam em cor entre o branco, o rosa e o lilás, sendo altamente aromáticas. O fruto é uma leguminosa, contendo sementes ovais e escuras. É nativo das regiões costeiras da Califórnia e do México, mas naturalizou-se em outras regiões com climas temperados e subtropicais.
Consorciação
O Lupinus littoralis é um bom companheiro para plantas que necessitam de nitrogénio, como o milho, o tomate e a couve. Também beneficia a cultura de leguminosas, como o feijão e a ervilha. Evitar o plantio próximo de plantas da família das solanáceas (batata, beringela, pimentão), pois podem ser afetadas por doenças transmitidas pelo lupino. A associação com plantas aromáticas, como a lavanda e o alecrim, ajuda a repelir pragas.
Métodos de propagação
O Lupinus littoralis multiplica-se principalmente por sementes. A semeadura pode ser realizada diretamente no solo, preferencialmente no outono ou na primavera. As sementes necessitam de escarificação (raspar ligeiramente a casca) para facilitar a germinação. Também é possível multiplicar por estaquia, utilizando cortes de caules lenhosos no final do verão. A divisão de touceiras também pode ser utilizada, embora seja menos comum.
História e tradições
Tradicionalmente, as tribos nativas americanas utilizavam o Lupinus littoralis como fonte de alimento, embora as sementes necessitassem de um processamento cuidadoso para remover as substâncias tóxicas. As folhas e caules eram também utilizados em medicina tradicional para tratar problemas de pele e reumatismo. A planta era considerada sagrada por algumas tribos, associada à fertilidade e à abundância. Atualmente, o seu principal uso é na agricultura e na permacultura como planta de cobertura e fixadora de nitrogénio.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente na primavera e no verão (Abril a Julho). A semeadura é ideal no outono (Setembro a Novembro) ou na primavera (Março a Maio). A colheita das sementes pode ser feita no final do verão ou no outono, quando as vagens estiverem secas. A poda de limpeza pode ser realizada após a floração para estimular o crescimento e a ramificação. A utilização como adubo verde é mais eficaz antes da floração.