
🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
O pilriteiro é uma árvore multifuncional na permacultura. Os frutos (pilritos) são comestíveis, podendo ser consumidos frescos, em compotas, geleias, licores e até mesmo farinha. As folhas jovens podem ser usadas em saladas. A árvore serve como excelente quebra-vento e barreira viva, atraindo polinizadores e aves. As espinhas fornecem proteção para animais e podem ser usadas para criar sebes impenetráveis. A madeira é dura e pode ser utilizada para pequenos trabalhos de carpintaria. Possui propriedades medicinais, sendo utilizado tradicionalmente para problemas cardíacos e digestivos.
Descrição Permapeople
A azarola é um arbusto ou pequena árvore da família Rosaceae. É nativa da região mediterrânica.
Descrição botânica
O Crataegus azarolus é uma espécie de árvore frutífera pertencente à família Rosaceae. É nativa da região do Mediterrâneo, incluindo Portugal e Espanha. É uma árvore de porte médio, geralmente atingindo entre 5 e 8 metros de altura, embora possa ocasionalmente ultrapassar os 10 metros. Possui uma copa densa e arredondada, com ramos espinhosos. As folhas são ovais, serrilhadas e de cor verde escura. As flores são brancas ou rosadas, pequenas e agrupadas em inflorescências. Os frutos, chamados pilritos, são pequenos pomos vermelhos, semelhantes a mini-maçãs, com um único caroço. É uma espécie resistente à seca e adaptável a diversos tipos de solo.
Consorciação
O pilriteiro beneficia da companhia de plantas que atraem polinizadores, como lavanda, alecrim e tomilho. Também se beneficia da presença de leguminosas, que fixam o nitrogênio no solo. Evitar o plantio próximo a plantas que competem por nutrientes e água, como álamo e salgueiro. A associação com árvores frutíferas de caroço, como cerejeiras e ameixeiras, pode ser benéfica, mas é importante garantir que o pilriteiro tenha espaço suficiente para se desenvolver.
Métodos de propagação
O pilriteiro pode ser multiplicado por sementes, estaquia ou enxertia. A multiplicação por sementes é mais demorada e pode resultar em plantas com características diferentes da planta-mãe. A estratificação das sementes a frio durante o inverno melhora a germinação. A estaquia de ramos semi-lenhosos no final do verão ou início do outono é uma forma mais rápida de propagação. A enxertia, geralmente por borbulhia ou garfagem, é utilizada para propagar variedades específicas e garantir a fidelidade das características da planta-mãe. A divisão de rebentos também pode ser utilizada, embora seja menos comum.
História e tradições
O pilriteiro tem uma longa história de uso na medicina tradicional e na alimentação. Na Grécia Antiga, era associado a Afrodite, a deusa do amor, e os seus frutos eram considerados símbolos de fertilidade. Na medicina popular, era utilizado para tratar doenças cardíacas, problemas digestivos e como sedativo. Os frutos eram também consumidos como alimento em tempos de escassez. Em algumas regiões, a madeira era utilizada para fabricar ferramentas e utensílios. A árvore era frequentemente plantada em torno de casas e propriedades para proteção e como fonte de alimento para a fauna local.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente na primavera, entre abril e maio. A frutificação ocorre no outono, entre setembro e novembro. A colheita dos pilritos deve ser feita após as primeiras geadas, pois o frio ajuda a amadurecer os frutos e a melhorar o seu sabor. A plantação pode ser realizada no outono ou no início da primavera. A poda de formação deve ser realizada durante o inverno, para remover ramos secos, doentes ou mal posicionados. A poda de frutificação deve ser leve e realizada após a colheita.
