Volubilis, erva-de-são-joão, coroa-de-são-joão, alface-brava.
Convolvulus arvensis

🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
Apesar de ser frequentemente considerada uma erva daninha, a Convolvulus arvensis pode ter alguns usos na permacultura. As folhas jovens podem ser consumidas cozidas como verdura, embora com moderação devido ao seu sabor amargo. As raízes já foram utilizadas na medicina tradicional, mas o seu uso é desencorajado devido à potencial toxicidade. No jardim, pode ser utilizada como cobertura do solo para suprimir ervas daninhas, mas requer controlo rigoroso para evitar a sua propagação agressiva. A sua biomassa pode ser incorporada no solo como matéria orgânica, mas com cautela. É importante notar que a sua natureza invasiva limita significativamente a sua utilidade na maioria dos sistemas de permacultura.
Descrição Permapeople
Uma trepadeira perene, com flores em forma de trombeta, brancas ou rosadas, frequentemente considerada uma erva daninha.
Descrição botânica
A Convolvulus arvensis é uma planta herbácea perene, trepadora, pertencente à família Convolvulaceae. Apresenta caules longos e finos que se enrolam em outras plantas para suporte. As folhas são alternadas, em forma de coração ou seta, e possuem uma textura suave. As flores são em forma de funil, geralmente de cor branca ou rosa pálido, com cerca de 2-4 cm de diâmetro. A floração ocorre principalmente durante o verão e o outono. Os frutos são cápsulas pequenas e esféricas que contêm sementes castanhas. É uma espécie nativa da Europa e da Ásia, mas naturalizada em muitas outras regiões do mundo, incluindo a América do Norte e a Austrália. É conhecida pela sua capacidade de se propagar rapidamente através de raízes subterrâneas e sementes.
Consorciação
A Convolvulus arvensis é geralmente considerada uma planta companheira indesejável devido à sua natureza invasiva. Compete por recursos com outras plantas e pode sufocá-las. Não há plantas que se beneficiem significativamente da sua presença. É importante evitar plantar a Convolvulus arvensis perto de culturas sensíveis ou plantas que requerem muita luz e nutrientes. A sua associação com outras plantas deve ser evitada sempre que possível.
Métodos de propagação
A Convolvulus arvensis multiplica-se principalmente por dois métodos: por sementes e por raízes subterrâneas (rizomas). A propagação por sementes é fácil, pois as sementes germinam rapidamente em condições favoráveis. No entanto, a propagação por rizomas é ainda mais eficiente, pois permite que a planta se espalhe rapidamente e forme colónias densas. A remoção completa dos rizomas é essencial para controlar a sua propagação. A propagação por estacas é possível, mas menos comum e menos eficiente.
História e tradições
A Convolvulus arvensis tem uma longa história de uso na medicina tradicional. As raízes eram utilizadas para tratar diversas condições, como constipação, problemas de pele e dores de cabeça. No entanto, o seu uso foi gradualmente abandonado devido à descoberta de compostos potencialmente tóxicos. Na cultura popular, a planta era associada a rituais de proteção e era utilizada para afastar o mau-olhado. Em algumas regiões, as flores eram utilizadas para decorar altares e celebrações religiosas. A sua presença em campos agrícolas remonta a séculos, sendo frequentemente vista como uma praga devido à sua capacidade de competir com as culturas.
Calendário de uso
A floração da Convolvulus arvensis ocorre geralmente entre junho e setembro. A recolha das folhas jovens para consumo deve ser feita na primavera, antes da floração, quando são mais tenras. A remoção das raízes e dos rizomas para controlo da planta pode ser feita em qualquer altura do ano, mas é mais eficaz no outono ou na primavera. A sementeira pode ser realizada na primavera ou no outono. A poda, se necessária, deve ser feita após a floração para evitar a propagação.