Astrágalo-de-Marselha, Erva-de-São-João-Batista
Astragalus massiliensis
🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
O Astrágalo-de-Marselha é uma planta multifuncional na permacultura. As suas raízes são utilizadas na medicina herbal, com propriedades anti-inflamatórias e imunoestimulantes. As flores atraem polinizadores benéficos, contribuindo para a biodiversidade do jardim. A planta é também um fixador de azoto, enriquecendo o solo e beneficiando as culturas adjacentes. Pode ser usado como cobertura do solo para suprimir ervas daninhas e proteger o solo da erosão. As folhas e vagens jovens podem ser consumidas, embora com moderação.
Descrição Permapeople
Astragalus massiliensis é uma espécie de ervilhaca-leiteira endémica de França. A sua distribuição geográfica está limitada ao departamento de Bouches-du-Rhône.
Descrição botânica
O Astragalus massiliensis é uma planta herbácea perene da família Fabaceae (leguminosas). Atinge geralmente entre 30 a 60 cm de altura. Possui caules eretos e ramificados, com folhas compostas por folíolos estreitos e lanceolados. As flores são pequenas, de cor violeta-pálida a rosa, agrupadas em inflorescências densas e globulares. O fruto é uma vagem alongada e ligeiramente curva, contendo sementes ovais. É nativo da região do Mediterrâneo ocidental, incluindo Portugal, sul de França e norte de Itália. Prefere solos calcários e bem drenados, e locais ensolarados.
Consorciação
O Astrágalo-de-Marselha beneficia de estar associado a plantas que apreciam solos calcários e bem drenados, como a lavanda, o alecrim e o tomilho. É um bom companheiro para plantas que necessitam de azoto no solo, como as couves e os tomates. Evitar o plantio próximo a plantas que preferem solos ácidos, como os rododendros e as azáleas.
Métodos de propagação
A multiplicação do Astrágalo-de-Marselha pode ser feita por sementes ou por divisão de raízes. A semeadura é mais eficaz se as sementes forem estratificadas a frio durante o inverno. A divisão de raízes deve ser realizada no outono ou na primavera, separando cuidadosamente as raízes e replantando-as em solos adequados. A propagação por estacas é possível, mas menos comum e com menor taxa de sucesso.
História e tradições
O Astrágalo-de-Marselha tem uma longa história de uso na medicina tradicional. Era utilizado pelos antigos gregos e romanos para tratar diversas doenças, incluindo problemas respiratórios, digestivos e inflamatórios. Na medicina popular, era considerado um tónico geral e um fortificante do sistema imunitário. As suas propriedades cicatrizantes eram também reconhecidas, sendo utilizado no tratamento de feridas e úlceras. Em algumas regiões, era associado a rituais religiosos e crenças populares.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente na primavera e no início do verão (Abril-Junho). A recolha das raízes para uso medicinal é feita no outono, após a senescência da planta. As folhas e vagens jovens podem ser colhidas durante a primavera. A sementeira pode ser realizada no outono ou na primavera. A divisão de raízes é ideal no outono ou na primavera. Não requer geralmente podas significativas.