Asclépiade da Síria, Algodão-do-mato, Sede-de-abelha
Asclepias syriaca

🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
A Asclepias syriaca é uma planta multifuncional na permacultura. As suas flores atraem uma grande variedade de polinizadores, especialmente borboletas Monarca, sendo crucial para a sua sobrevivência. As fibras do talo podem ser utilizadas para fazer cordas e tecidos. As sementes, quando devidamente processadas, podem ser usadas como enchimento. Embora não seja tradicionalmente consumida, algumas partes da planta têm sido utilizadas na medicina tradicional (com precaução devido à sua toxicidade potencial). É uma excelente planta pioneira para solos degradados.
Descrição Permapeople
Atenção: Apenas as folhas jovens, os brotos, os botões florais e os frutos imaturos são comestíveis. É preferível cozê-los antes. Certifique-se do que está a fazer!
Asclepias syriaca, conhecida como serralheira-comum, é uma planta herbácea perene nativa da maior parte dos Estados Unidos centrais e orientais. Tipicamente, atinge uma altura de 60-120 cm, com um caule avermelhado-púrpura e folhas ovais dispostas de forma alternada. As flores são rosa e fragrantes, agrupadas em cimeiras esféricas no topo da planta.
Uma forma de diferenciar a serralheira-comum de plantas semelhantes é pelo seu látex leitoso, visível quando a planta é danificada ou cortada. Este látex é tóxico para alguns animais, pelo que se recomenda o manuseamento da planta com precaução.
A serralheira-comum prefere sol pleno e solos bem drenados, mas é tolerante a uma variedade de condições e pode mesmo crescer em solos pobres. É resistente ao inverno e pode ser propagada por divisão da touceira ou por recolha e sementeira das suas sementes.
A planta não é facilmente comestível para humanos, mas o seu néctar é uma fonte de alimento valiosa para polinizadores como abelhas, borboletas e beija-flores. As folhas e os caules também podem ser consumidos por borboletas monarca e outros insetos.
A serralheira-comum tem vários usos para além do seu valor para a vida selvagem. As suas fibras plumosas podem ser utilizadas para isolamento, e a planta tem sido historicamente utilizada medicinalmente para tratar uma variedade de doenças. O látex tem sido usado como tratamento para verrugas, e as raízes podem ser usadas para fazer um chá que se acredita ter propriedades sedativas. A planta também tem sido utilizada como fonte de corante e como fibra para tecelagem.
Descrição botânica
A Asclepias syriaca é uma planta herbácea perene da família Apocynaceae. Atinge uma altura de 0,6 a 1,5 metros. Possui caules eretos e ramificados, com folhas opostas, lanceoladas a elípticas, com cerca de 5 a 15 cm de comprimento. As flores são pequenas, de cor rosa-pálido a púrpura, agrupadas em cimos densos e perfumados. O fruto é um folículo alongado que contém numerosas sementes com um tufo de pelos sedosos (vilano) que facilitam a sua dispersão pelo vento. A planta contém látex leitoso e tóxico.
Consorciação
A Asclepias syriaca beneficia da companhia de plantas que atraem polinizadores, como lavanda, alecrim e sálvia. É uma boa companheira para plantas que necessitam de suporte, pois pode ser utilizada como tutor natural. Evitar o plantio próximo a culturas alimentares devido à sua toxicidade. A sua associação com outras plantas do género Asclepias pode aumentar a atração de borboletas Monarca. É importante considerar que a planta pode ser invasiva em algumas regiões, portanto, o seu plantio deve ser planeado com cuidado.
Métodos de propagação
A Asclepias syriaca pode ser multiplicada por sementes ou por raiz. A multiplicação por sementes requer estratificação a frio durante o inverno para quebrar a dormência. As sementes devem ser semeadas na primavera. A multiplicação por raiz pode ser feita dividindo os rizomas na primavera ou no outono. A propagação por estacas é possível, mas menos comum e com menor taxa de sucesso. A planta também pode propagar-se espontaneamente por raízes rastejantes.
História e tradições
A Asclepias syriaca é nativa da América do Norte, onde tem sido utilizada tradicionalmente por povos indígenas para diversos fins. As fibras do talo eram usadas para fazer cordas, cestos e tecidos. As raízes eram utilizadas na medicina tradicional para tratar diversas doenças, embora com cautela devido à sua toxicidade. A planta também era utilizada como fonte de alimento para as larvas da borboleta Monarca, que dependem exclusivamente de plantas do género Asclepias para a sua sobrevivência. A sua utilização medicinal e têxtil remonta a séculos.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente entre junho e agosto. A recolha de sementes é feita no outono, quando os folículos estão secos e abertos. A colheita das fibras do talo pode ser feita no final do verão ou no outono, após a secagem da planta. A divisão das raízes é idealmente realizada na primavera ou no outono. A planta é resistente e pode permanecer no jardim durante todo o ano.