
🌿 Morfologia
🌞 Condições de cultivo
🌍 Origem e família
🌾 Usos
Atenção: Apesar do cuidado na elaboração desta ficha, é essencial consultar diferentes fontes antes de usar ou consumir qualquer planta. Em caso de dúvida, consulte um profissional qualificado
Usos em permacultura
O Aconitum napellus é principalmente utilizado em permacultura como uma planta ornamental, devido às suas flores vibrantes e à sua capacidade de atrair polinizadores. No entanto, devido à sua alta toxicidade, o seu uso alimentar ou medicinal é extremamente limitado e desaconselhado. Pode ser utilizado como barreira protetora em áreas onde se pretende dissuadir animais de pastoreio, mas com extrema cautela para evitar o contacto com humanos e animais domésticos. A sua presença no jardim pode também indicar a saúde do solo, pois prefere solos húmidos e ricos em matéria orgânica.
Descrição Permapeople
Aconitum napellus, comummente conhecido como acónito ou capuz-de-monge, é uma espécie de planta altamente tóxica pertencente ao género Aconitum, nativa da Europa ocidental e central.
Descrição botânica
O Aconitum napellus é uma planta herbácea perene pertencente à família Ranunculaceae. Atinge uma altura de 60 a 150 cm. As folhas são profundamente divididas, com segmentos estreitos e serrilhados. As flores, de cor azul-violeta intensa, são dispostas em espigas densas e apresentam um esporão proeminente na parte posterior. A flor é caracterizada por cinco sépalas, que se assemelham a um capuz de freira, daí um dos seus nomes comuns. A planta contém alcaloides altamente tóxicos, especialmente a aconitina, presente em todas as suas partes, mas concentrada nos tubérculos radiculares. É nativa da Europa e da Ásia.
Consorciação
Devido à sua toxicidade e ao seu efeito alelopático, o Aconitum napellus não é uma boa companhia para a maioria das plantas. É melhor plantá-lo isoladamente ou em áreas onde a sua toxicidade não represente um risco para outros vegetais ou animais. Evitar o plantio próximo de plantas comestíveis. A sua presença pode beneficiar a biodiversidade ao atrair certos insetos polinizadores, mas é crucial garantir que estes não entrem em contacto com outras plantas no jardim.
Métodos de propagação
A multiplicação do Aconitum napellus pode ser feita por sementes, embora seja um processo lento e com baixa taxa de sucesso. A divisão dos rizomas é o método mais eficaz, devendo ser realizada no outono ou no início da primavera, separando cuidadosamente os rizomas com raízes e plantando-os em substrato húmido e rico em matéria orgânica. O levantamento de estacas de raiz também pode ser utilizado, mas é menos comum. É importante manusear a planta com luvas e precaução devido à sua toxicidade.
História e tradições
O Aconito tem uma longa história de uso medicinal e mágico. Na antiguidade, era utilizado por gregos e romanos para tratar diversas doenças, embora o seu uso fosse sempre acompanhado de grande cautela devido à sua toxicidade. Na Idade Média, era associado a rituais mágicos e crenças populares, sendo considerado uma planta protetora contra lobisomens e outras criaturas sobrenaturais. Aconitum foi também utilizado como veneno em flechas e armadilhas para animais. A sua toxicidade era bem conhecida e o seu uso medicinal era reservado a especialistas.
Calendário de uso
A floração ocorre geralmente entre o final da primavera e o início do verão (Maio a Julho). A recolha de sementes, se desejada, deve ser feita no final do verão ou início do outono (Agosto/Setembro). A divisão dos rizomas é idealmente realizada no outono (Outubro/Novembro) ou no início da primavera (Março/Abril). A planta não necessita de poda regular, mas a remoção das flores murchas pode prolongar a floração. A plantação deve ser feita no outono ou na primavera.