O Projeto
Desde o início, a ideia era simples: tornar acessível o que não é.
Procurar plantas adaptadas ao seu terreno frequentemente significa enfrentar jargões científicos, bancos de dados complexos, fontes dispersas... e uma barreira linguística. Eu queria criar uma ferramenta que simplifica, traduz, reúne. Uma ferramenta para os curiosos, os apaixonados, os iniciantes, os experientes. Para todos que querem cultivar de forma diferente, em conexão com seu ambiente.
LexiPlant permite descobrir plantas comestíveis, medicinais ou úteis de acordo com a sua localização, solo e desejos. Ajuda a fazer escolhas informadas, a aprender. Destaca um imenso banco de dados enriquecido, traduzido, tornado legível e acessível gratuitamente.
Não é apenas um motor de busca. É um guia para semear diversidade, uma bússola para dar nova vida aos nossos jardins, varandas, terrenos, grandes ou pequenos.
E acima de tudo, é um convite: para reconectar-se com o mundo vivo, cultivar resiliência e transmitir um conhecimento que não deve desaparecer.

A Germinação
Como frequentemente acontece, o LexiPlant nasceu de uma falta. E a natureza, dizem, detesta o vazio.
Sempre me disseram que a Terra é generosa, transbordando de vida, povoada por inúmeras espécies vegetais e animais. Mas essa abundância está se desfazendo. Os cientistas agora falam de uma sexta extinção em massa.
Diante dessa realidade, eu queria agir à minha maneira, modestamente. Oferecer aos meus filhos um canto do mundo onde a diversidade não seja apenas uma lembrança, mas uma realidade viva.

Comecei a plantar, experimentar, procurar espécies adaptadas à minha montanha — um lugar rude, onde o frio e a neve não dão chance para qualquer planta.
Então, cavei mais fundo. Questionei viveiristas, percorri fóruns de permacultura, vasculhei sites especializados... até encontrar o PFAF e o Permapeople. Dois bancos de dados impressionantemente ricos, reunindo milhares de plantas comestíveis, medicinais, úteis. Mais de 8.000 espécies, descritas com precisão.
Eu finalmente tinha acesso ao conhecimento.
Mas eu não era o único a precisar dele. E rapidamente, percebi que esses tesouros tinham suas limitações: tudo em inglês, pouco legível em dispositivos móveis, complexos de usar, às vezes incompletos e, sobretudo, cheios de referências como as zonas USDA, obscuras para a maioria dos jardineiros amadores.
Então, imaginei uma ferramenta mais simples, mais clara, mais acessível. Uma ferramenta para tornar essa riqueza universal, traduzida, compartilhada, adaptada a cada um. Foi desse sonho que nasceu o LexiPlant.
O Crescimento
Então embarquei neste grande projeto, sem saber exatamente onde me levaria. Apenas com um desejo persistente e a convicção de que precisava ser feito.
Os desafios não demoraram a aparecer. Como traduzir, organizar, enriquecer todos esses dados vindos de outros lugares? Como determinar automaticamente a composição do solo, as temperaturas mínimas, as condições específicas de cada canto do mundo — para que cada um pudesse cultivar plantas verdadeiramente adaptadas ao seu ambiente?
E acima de tudo: como tornar tudo isso legível, fluido, acessível... sem perder profundidade ou rigor?
Minha formação em informática me deu uma base, mas estava longe de ser suficiente. Então aprendi na prática. Experimentei, li, testei, comecei de novo. Muitas vezes.
Tornei-me designer para imaginar uma interface clara. Desenvolvedor para fazer o motor funcionar. Arquiteto para pensar no conjunto. Tradutor para expandir as fronteiras do conhecimento. Redator para torná-lo compreensível. Testador para torná-lo confiável. Community manager para criar conexões. E até um pouco de marketing, para começar a divulgá-lo.
Um verdadeiro canivete suíço, a serviço de uma ideia simples: tornar o conhecimento sobre plantas acessível a todos.
Comecei por estabelecer as fundações: dividir o projeto em blocos gerenciáveis, realizáveis. Construir pequeno, mas bem. Uma página inicial acolhedora, que explica, que desperta o desejo de explorar.
Depois mergulhei nos dados. Coletar, traduzir, estruturar. Tornar legíveis mais de 8.000 fichas. Adicionar critérios concretos, úteis para os jardineiros do cotidiano.
Para ir mais longe, encontrei uma API para analisar solos e desenvolvi outra para estimar as temperaturas de inverno com base na localização.
E isso é apenas o começo.
E depois?
Ainda há muito a fazer.
Um motor de busca simplificado que filtra plantas de acordo com seu uso, resistência ao frio ou tipo de solo, com base na sua localização.
As 8.000 fichas devem se tornar legíveis, úteis, eloquentes — não apenas um simples banco de dados, mas uma ferramenta viva, clara, que inspira à ação.
E então, o projeto precisa viver. Sair à luz, alcançar aqueles que precisam dele. Tornar o LexiPlant conhecido, construir uma comunidade, ouvir feedbacks, iterar.
As ideias não faltam: permitir aos usuários criar listas de plantas favoritas, comentar ou corrigir fichas para enriquecer o banco de dados juntos, receber alertas meteorológicos ou lembretes de períodos de plantio... E por que não, eventualmente, identificar pragas potenciais ou cruzar relatórios de campo em um mapa vivo.
O LexiPlant não está fixo. Ele cresce.

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